quarta-feira, 20 de abril de 2011

do que é belo...

A beleza está presente no cotidiano, em todos os lugares.
O que define a beleza, essa beleza idealizada, essa beleza sensível, também são olhos que as enxergam.

Está presente numa rua com paredes grafitadas em um bairro comum, está presente em uma tarde chuvosa e cinza, numa mesa de bar, numa agulha riscando um disco antigo, em um sorriso trocado no elevador, em uma banca de frutas na feira, em uma mordida de chocolate ou num simples pedaço de maçã.

Eu muitas vezes passo batido pela lua cheia, pelas meias coloridas de minha irmã, ou pela carambola em forma de estrela.

Raras são as vezes em que reparo no sabonete detalhado, numa mesa farta ou na beleza de um quindim.

Um cachorro no instante exato em que encontra comida no lixo, um gato num banho de lambidas ou um pássaro num galho observando o céu.

A claridade que vem da rua por entre as pequenas frestas da janela mal fechada, um acorde de guitarra do vizinho, ou uma criança com a cara pintada no metrô.

Preciso enxergar mais, tirar essa capa, sair desse campo de força que me cerca da beleza do mundo...
Mostrar mais o meu sorriso pra quem sabe alguém possa considera-lo belo.

A sinceridade é bela.