terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

celebrando


E das velas acesas derretendo sobre o bolo de morango comprado na padaria,
todos batem palmas e observam com seus olhares famintos minha tensão e apesar de contente, minha vergonha, meu ato bobo de não saber o que fazer com as mãos e meu sorriso pleno por amigos verdadeiros.

Minha avó sentada a mesa na ponta direita, já não pode mais ficar em pé pra bater palma, mas seus olhos brilham ao ver seu neto, o único do sexo masculino, completar 23 anos.

Alguns amigos fazem brincadeiras enquanto ainda devoram as últimas coxinhas já frias na bandeja de prata, um pouco mais ao fundo, meu tio limpa a mão engordurada na ponta da toalha de crochê, que já estava suja.

Minha cachorrinha enlouquece com a bateção de palmas e late um latido de feliz aniversário para mim...

Com algumas sacolas de presentes ao lado da mesa eu cerro os olhos por rápidos segundos enquanto faço meu pedido, e .............. em seguida, levanto a vela do pato Donald, como já foi em Cleide Eló e as Pêras, e lambo a cobertura que permaneceu na vela.

O bolo é repartido, o primeiro pedaço eu ofereço a minha mãe que recusa de primeira, mas eu ofereço e insisto, é seu, é só seu. Ela aceita tímida mas orgulhosa de ter recebido o primeiro pedaço, e era um pedaço farto, com dois morangos na cobertura.

Em poucos minutos o bolo assim como os convidados vai desaparecendo e, entre guardanapos amassados e copos plásticos sujos de coca cola, eu vou para o meu quarto... carregando envelopes coloridos e feliz por ter celebrando meus anos pela vigésima terceira vez.

3 comentários:

  1. aaaaahh! Feliz aniversário, meio que muito atrasado ><

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  2. "envelopes coloridos"?! não sei voce, mas prefiro ganhar cartas sinceras de amigos à presentes concretos... é mais surpreendente

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