quarta-feira, 11 de maio de 2011

duas mãos

Como uma rua de mão dupla meu pensamento segue apontando para diferentes direções e todas essas contradições me deixam estático, paralisado e sem uma posição a tomar eu passo a mão por entre os cabelos e mexo na costura do bolso da calça jeans e não entendo seus gritos e isso começa a me irritar então eu perco a paciência e começo a jorrar palavras que em sã consciência eu jamais derramaria contra você, mas enquanto falo eu vou me alimentando da minha própria força até então desconhecida.

Quando já estou vermelho com a veia do pescoço pulsando ferozmente, seguro suas mãos para que não me agrida e olho no seu olho e vejo toda a nossa história, aí eu grito cobrindo sua voz e todo o barulho da cidade grande dizendo que te amo, eu mando você calar a boca e olhar bem pra mim e perceber que eu amo você, que eu sou louco por você e que por isso eu nunca mais vou conseguir fazer amor com você, porque o amor se transforma como a vida e que de tanto amor talvez eu odeie você um pouco porque eu estou aprisionado a você.

Quero me livrar de você, quero me livrar de mim, desses pensamentos, dessa confusão que você provoca aqui dentro.

Quero um instante de paz, um toque sincero e um amor só pra mim. Só.

Eu nunca vou dividir você com ninguém, nunca. Porque eu sobro pra você, o meu amor é maior que o seu.

Então se você não sabe o que você quer , junte suas coisas do meu coração e deixe o espaço limpo e a porta aberta porque eu preciso do amor pra viver...

Um comentário:

  1. Você faça isso!
    Junte suas coisas do coração dele e deixa ele só p/ gente! ;D

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